Tietagem

COISAS DE FÃ

Nas duas últimas semanas tivemos dois craques se destacando. Um na defesa e o outro jogando ali pelo meio do campo.

Queremos destacar a experiência de Fuzaca nos desarmes e a elegância do Véi Moacir nas armações das jogadas. Não a toa, Jesus de Rita de Miúdo se diz fã de ambos.

Ontem Fuzaca marcou a artilheiro Isaac com competência!

Na primeira partida da noite Isaac assinalou um golaço, mas Fuzaca ainda não havia entrado.

Na segunda partida Isaac ainda não sabia o que era a cor da bola, pois Fuzaca não deixava. Mas, num instante de desatenção do Guerreio de Boi Selado (leia-se Fuzaca), Zezinho ficou na marcação de Isaac e não teve a mesma competência do bigodudo. Resultado: Isaac, oportunista como ele só, na única chance que teve meteu a bola para o fundo da rede. Era o segundo gol dele na noite. Ambos foram dedicados ao filho Isaquinho que neste sábado (13/04) fará aniversário.

Já Moacir foi mal escalado nos primeiros minutos da primeira pelada, sendo levado para jogar no ataque. Mas o time acertou o posicionamento, trouxe o Véi para o meio para jogar ao lado de Tadeu e adiantou João Ronaldo (já que os azuis na escalação haviam ficado sem atacantes). Foi show de bola na armação das jogadas. E o time que perdia por dois a um, virou para quatro a dois, com direito a golaço de Eddy.

Moacir tem se destacado principalmente pela competência em jogar sem a bola, a La Tostão, se movimentando muito e puxando a marcação, abrindo espaço para os companheiros. 

Se o Véi tinha a ajuda de Edward e Tadeu pelo meio, lá atrás Fuzaca tinha o auxílio de Oswaldo e d’A Muralha.

Pois é, Gonzagão continua com a mesma disposição de toda vida. Aliás, é por essa disposição sempre levada para dentro de campo que em recente passeio pela Europa, o nosso craque mossoroense percebeu um cidadão chegando perto dele.
O que ocorreu foi um diálogo mais ou menos assim:

- Bonjour! Excusez-moi, je peux prendre une photo avec vous? – perguntou o europeu.

Gonzagão, que não fala francês, mas arranha outra línguas, estranhou aquela aproximação e levantou ambas as sobrancelhas, num movimento conjunto de ombros, como  se indagando o que o cara desejava.

Uma senhora vendo a cena percebeu que o nosso craque não sabia o que o europeu queria e resolveu entrar na história.

- Desculpe, meu senhor – falou se dirigindo a Gonzaga. – Mas vejo que o senhor não compreendeu o pedido desse jovem. Ele quer tirar uma foto com o senhor.

Gonzaga, que é um gentleman, educado nos melhores colégio do País de Mossoró, abriu aquele sorriso e disse “pois não, diga-lhe que fique à vontade”.

Ora, quando a mulher traduziu a resposta do nosso craque para o europeu, o homem tremeu, partia a voz enquanto repetia “merci, merci” e, no momento da retirada da máquina fotográfica de uma bolsinha estilo pochete, até correu duas lágrima dos seus olhos.

O europeu virou-se de lado e, no momento que entregava a máquina à mesma senhora tradutora, lhe pediu:

- Madame, s'il vous plaît. Dites à M. Gonzague je suis ton fan. J'ai suivi sa carrière depuis mon enfance, quand il a défendu les couleurs du drapeau du Pays et Mossoró, également Baraunas. C'est lui qui m'a donné envie de devenir footballeur. Il était dans son élégance au sein de la pelouse dans sa virilité, et surtout dans sa catégorie – falava o europeu. Depois mostrou o braço direito à mulher e concluiu: - Regardez comme je suis: Cheveux horrifé!

A mulher se virou para Gonzaga e traduziu:

- Ele me solicitou um favor. Pediu-me para dizer ao senhor que ele é seu fã. Que seguiu a sua carreira desde a infância dele, quando assistia o senhor defender as cores da bandeira nacional do País de Mossoró e também do Baraúnas. Ele disse que foi o senhor quem o inspirou a se tornar um jogador de futebol. Ele adorava ver sua elegância nos gramados, sua virilidade e, especialmente, a sua categoria. E quando me mostrou o braço dizia que se arrepiava todo – falou a mulher. – Acho que o arrepio vem da emoção de encontrar com o ídolo – concluiu já ligando a máquina.

Aí, foi Gonzagão quem pediu à mulher:

- Diga-lhe que sou grato por seu carinho.

A mulher traduziu e o europeu se chegou para Gonzaga. Ambos se ajeitaram e a máquina foi disparada duas vezes, com o admirador de Gonzagão abrindo aquele sorriso que somente um fã muito dedicado dá quando se aproxima do seu ídolo.

O europeu, após apertar várias vezes a mão do ídolo, agradeceu à mulher, guardou a máquina e saiu dizendo “mes amis n'en croirez pás. N’em croirez pás”.

Mas, voltou e, com uma caneta na mão, pediu a Gonzaga que lhe desse um autógrafo no blusão branco, sobre o peito direito. A Muralha vendo a caneta na mão do europeu e a forma como ele batia contra o peito, não só entendeu, como o atendeu na hora e enquanto se preparava para escrever, perguntou à mulher que ainda estava por ali a quem deveria oferecer. A mulher direcionou a pergunta ao europeu que, ainda sob um estado de puro êxtase, repetiu duas vezes com a maior cara de satisfação:

- Patrick Vieira. L'ancien défenseur de l'équipe nationale française. Patrick Vieira. L'ancien défenseur de l'équipe nationale française.

A mulher, arregalando os olhos, caindo sentada num banco às suas costas, imaginando quem deveria ser aquela estrela tão simpática que autografava a camisa de um campeão mundial, traduziu automaticamente:

- Patrick Vieira. Antigo defensor da Seleção Francesa.

Gonzaga calmamente escreveu com caligrafia fina e bonita o nome enquanto pronunciava um “ah, tá” despretensioso.

Eis a foto que Vieira nos enviou por e-mail suplicando com veemência para vê-la postada em nosso site. As suas últimas palavras no e-mail era isso:

“C'était le plus beau jour de ma vie. J'ai pu rencontrer mon idole. Le mur!”

Uma pena que não tenhamos uma tradutora aqui por perto.

A CHUTEIRA DESCABIDA

Olha a chuteira do cara, meu!

Depois sai dizendo por aí que é de Acari. Será um clone de Totonho Cunha?

POR ONDE ANDA LOBATO?

Por algum lugar onde impressões digitais não são colhidas de peças em silicone.

NO TEMPO DE ONTEM, TERIA SIDO ASSIM:

"(...) Alexandre leva pela direita, conduz a bola, passa a linha que divide o gramado... aparece Tadeu e lhe rouba a bola. O volante dos Azuis levanta cabeça, toca de lado para Jesus de Rita de Miúdo, o meia recebe, recolhe à direita, conduz com rapidez... arranca invadindo o campo adversário... Oswaldo Campos avança pela direita.... Jesus tem Edward Sinedino pela esquerda... são três contra três... Jesus segura, avança com velocidade... dribla Massilon e toca para Oswaldo... o ala recebe, levanta a cabeça, centra da direita... Jesus... de primeira... Gol!

Gooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolll! É de Jesus De Rita de Miúdo, o craque da camisa azul. Golaço, golaço... é o quarto do azuis. Obra prima dos acarienses numa jogada perfeita, contra-ataque rápido e matador.

Agora no placar da Caixa Econômica Federal: Azuis 4, Amarelos 2.

' Mário Vianna? '

- Gol! Gol legal!

- Kléber, o que é que só você viu?

- Vi Jesus descer com rapidez pelo centro do gramado, conduzindo a bola com velocidade e domínio perfeito. Vi a bola grudada no pé do acariense. Vi Oswaldo passar como um raio fazendo o overlapping como ensinou o Coutinho, para receber e fazer um passe perfeito para Jesus de Rita de Miúdo mandar a pelota para o fundo das redes, num contra-ataque fulminante. O goleiro Azevedo nem teve tempo para reagir.

' Valdir Amaral. '

-Deixa comigo (...)"

FOI. FOI HOJE. FOI DESSE JEITINHO.

ORAÇÕES

Pelo ombro machucado de Stone.

REZAS

Pela saúde mental de um "pequeno índio", e pela integridade física dos seus companheiros de pelada. Mauro que o diga.